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  • Foto do escritorJornal Poiésis

Território Social



Hoje temos consciência que apoiar a luta dos povos contra a lógica do mercado extrapola a questão de sobrevivência destes povos e a garantia de seus territórios. Trata-se da sustentabilidade do próprio planeta e da garantia de recursos naturais para a humanidade. Diminuir a degradação ambiental significa abraçar os movimentos sociais, obrigação dos intelectuais e cientistas. A questão ambiental é uma nova fonte legítima para tratarmos os conflitos sociais. Para construirmos uma gestão territorial eficiente e participativa temos que antes de tudo atingirmos a justiça ambiental.


A injustiça socioambiental está relacionada com a sociedade de mercado. Hoje o modelo neoliberal sendo o maior impulsionador dos danos ambientais e das injustiças sociais onde corporações e o setor financeiro promovem o agronegócio, os grandes empreendimentos e as obras de infraestrutura. Geralmente, sem qualquer forma de gestão participativa do território. As populações locais sendo desenraizadas e removidas. O território se torna mero suporte para os lucros e para o fornecimento de recursos para a indústria e o consumo. As populações tradicionais, por sua vez, dependem deste ambiente preservado para a sua sobrevivência onde sempre viveram em harmonia e com muito mais justiça. A luta por justiça socioambiental implica na integração entre gente e território onde o inimigo comum é o capital.


A grande mídia está do lado dos empresários propagando o consumo e idealizando o mercado e não apoiando as lutas dos povos oprimidos. A lógica do mercado e do capital promove o desaparecimento de ecossistemas, etnias e tradições culturais. Necessariamente estamos falando de conflitos onde os grandes empreendimentos batem de frente com as populações que já estão estabelecidas no território com uma história construída e um estilo de vida que respeita o ambiente.


*Francisco Pontes de Miranda Ferreira é Jornalista (PUC Rio) e Geógrafo (UFRJ) com mestrado em Sociologia e Antropologia (UFRJ) e pós-graduação em História da Arte (PUC Rio), membro do conselho editorial do Jornal Poiésis.

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