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O vírus




Charles Soares


O vírus é preciso. Instala-se no organismo Supura o egoísmo É preciso que o afeto se imponha e contorne o medo.


O vírus traz à tona As mazelas esquecidas Encolhe e recolhe vidas É preciso abrir as mãos mais do que apontar o dedo.


O vírus também é macro Nas células sociais Revela aos desiguais O quão é preciso sentir a dor que dói do outro lado.


O vírus é tão cruel (Não suporta poesia) Mina toda a energia Deixa o ego em pedaços Sem beijo, aperto de mãos, Sem choro no ombro ou abraços.


*Charles Soares é formado em Letras e Comunicação, membro do conselho editorial do Jornal Poiésis.

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