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Indignação abalada

Atualizado: 5 de abr. de 2021


Francisco Pontes de Miranda Ferreira


As pessoas do bem precisam aprender urgentemente como utilizarem melhor a mídia e as redes sociais. Temos que nos esforçar para tornarmos o debate político algo realmente atraente para o povo e conquistarmos meios de comunicação independentes. Por trás das declarações ridículas dos governantes populistas existe uma estratégia muito bem elaborado que precisamos vencer.


Todos os dias esses depoimentos absurdos, polêmicos e idiotas que os políticos populistas fazem nos abalam e no dia seguinte são substituídos por novos depoimentos e esquecemos o anterior. A internet se tornou uma ferramenta importante de estratégia política da extrema direita em que empresas de “big data” assumem este trabalho de controlar, criar e disparar notícias. A tática é colocar políticos cuidadosamente escolhidos e preparados para fazer esse papel no poder. Políticos que vão favorecer os interesses de grandes grupos econômicos e criar alienação geral. A ideia é aumentar o número de gente confusa e sem ideologia. Desta forma, atacam os princípios politicamente corretos, a diversidade cultural e sexual e fortalecem valores tradicionais e o conservadorismo. Criam o medo para justificarem a violência, a repressão, a vigilância e os paramilitares. Faz parte entupir as redes sociais de Fake News. Cria-se sensacionalismo e confusão. O ridículo, polêmico e cômico ridiculariza a própria política para fortalecer-se a alienação.


Trata-se de uma tática para tirar voz da política séria e dos movimentos populares. Precisamos, portanto, criarmos uma comunicação alternativa, limpa e realmente preocupada com mudanças sociais. O desafio é tornar o discurso político emancipatório atraente e popular. Tornar assim a verdade e a decência princípios éticos desejáveis. Isso será conquistado pela construção de uma educação transformadora e crítica e uma comunicação independente e também crítica e transformadora.


*Francisco Pontes de Miranda Ferreira é Jornalista (PUC Rio) e Geógrafo (UFRJ) com mestrado em Sociologia e Antropologia (UFRJ), pós graduação em História da Arte (PUC Rio), Doutorando no Programa de Pós-Graduação em Meio Ambiente da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, membro do conselho editorial do Jornal Poiésis. É diretor da Arcalama Serviços de Comunicação (www.arcalama.com.br).

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