Jornal Poiésis
Dias confusos
Atualizado: 29 de mar. de 2021

Matheus Fernando
Os dias estão meio confusos
Parece que até as horas estão correndo atrás do tempo.
Há dias que dá vontade de pular pela janela sem a intenção de voltar
Nesses dias, se não tiveres raízes, qualquer motivo simples
é pretexto para que corras para o aeroporto e voes!
Se tiveres condições, é claro.
Todavia,
não podes ser inocente.
A maior guerra que há no mundo acontece na alma!
Tal guerra às vezes inconsciente, não contra pessoas crente,
Mas pela paz que tanto buscas do lado de fora
Mas que infelizmente não vais achar
E por negligência própria.
Irresponsabilidade tua permitir que tantos ditem tua vida
Mania maldita
Não deles, tua
Visto que os mesmo se quer te conhecem tão bem quanto tu que convives há tanto tempo
consigo mesmo, há mais de vinte anos se bobear.
Não perca a identidade
Guarde-a no bolso, pois a cidade está perigosa e as pessoas parecem que já perderam a sua.
Muita maldade, tem sobrado falsidade, pobre conduta.
Paixões irreverentes, consumo doentio, sexo frígido
Estão aplicando hormônios até para as árvores ultimamente.
Já era dito nos tempos do arcadismo: “Inutilia truncat.”
Por esses trocadilhos tento lhe falar, não se perca.
Muito cuidado, os dias estão confusos...
Matheus Fernando é aluno de graduação em Psicologia na Universidade Federal Fluminense. É escritor que transita entre gêneros literários como poesia, crônica, conto, peça, ensaio e artigo.