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  • Foto do escritorJornal Poiésis

De sete em sete



Marco Aurêh*

(ao amigo Gilberto Bittencourt) Abro aqui minha parlenda Para firmar uma regra Criada por cordelistas Que protestam sempre em festa Enquanto academicistas Acham-se pareceristas Ignoram o que presta Sete versos que balançam Pendurados num varal Sete luas, sete sóis Signos de um musical Pois os poemas são lençois São cores e girassóis Na mesa que não tem sal E o Brasil de cá assiste Outras lendas incautas Uma tela de horrores Que aos nossos olhos salta A fragilidade em cores Brigas, beijos, rumores Com o Ibope sempre em alta E a janela consola O ser que também vê Projeção da pequinês Exposta à frente da TV Que torce pro paredão Big Brother big irmão Boa sorte pra você Somos meros receptores


Nesse jogo de azar Quem aposta, quem tem vez Sofre, chora pra ganhar Roleta russa faz um tour Nobre amigo Bittencourt Quem se faz valorizar Já não sonhamos com o nirvana É melhor ser do que ter Viver só por sua honra Sem deixar se corromper Com ou sem a televisão Que insiste na visão De iludir quem quer sofrer *Marco Aurêh é músico e compositor, mora em Petrópolis-RJ.

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