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  • Foto do escritorJornal Poiésis

CANTO

Atualizado: 22 de nov. de 2020


Edimilson de Almeida Pereira


Esse o rosto do meu agrado

de tempos em que a epifania

estava na fiação silenciosa

das coisas

Esse rosto de outros lugares

tão familiar.

O adjetivo que o esconde

é louça fora do quarto.

Rostos são indiferenciados

até a hora em que plangem

Cada um é outro, depois.


Esse o do meu agrado.

Não o vejo mas a cambraia

do seu amor.


Edimilson de Almeida Pereira é natural de Juiz de Fora-MG (1963), professor da UFJF. O poema acima faz parte de sua obra “Águas de contendas”, reunida no volume 2 de sua Obra Poética (“Lugares Ares”, Belo Horizonte, Mazza, 2003)

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