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  • jornalpoiesis

À beira do caminho jazia um menino





Wellisson José


O som das cordas tremulando

Na min’alma sinto

Como nunca a minha divida

Impagável.

Que tenho eu contigo

Ouço

Lá do fundo

A minha voz

Ausente na exortação própria

Esse mesmo som

De voz oca e infértil

Trago a vertigem,

Ébrio]

À beira do caminho

Busco tocar somente a veste

Entre os milhares...

O meu merecimento

É por certo a baixeza

Das almas que clamam

Como o rico.


A graça, a graça, a graça

Lá do alto

Uma voz se derramando

Como chuva

Eu, o tronco de uma árvore velha

Recebendo cada gota

Aqui escorrendo até encontrar

Minhas raízes

E fazer- me suportar o estio


O menino a quem pertence o reino

Trôpego inicia sua marcha

Bem no encontro das águas

Onde mora a valentia

A coragem

Daqui parte

Para o celeste lar

Ao canto infinito...


Wellisson José é graduado em Psicologia pela Uninassau desde 2018 com ênfase em logoterapia.


Foto: Robert Collins

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